É a capacidade do Sist. Nervoso de integrar informações sensoriais, processa-las e provocar uma resposta. É o processo pelo qual os neurônios combinam e processam múltiplos sinais recebidos de outras células antes de gerar uma resposta.
Os neurônios recebem sinais através das sinapses, que podem ser:
Um único neurônio pode fazer até 200.000 sinapses simultaneamente, ou seja, um neurônio está recebendo o tempo todo vários estímulos de diferentes neurônios, que podem ser excitatórios ou inibitórios, e no final, o neurônio integra esses sinais através dos processos de somação espacial e somação temporal , ou seja, ele soma os sinais excitatórios e subtrai os inibitórios. Se o resultado final ultrapassar o limiar de excitabilidade, o neurônio dispara um potencial de ação (a soma dos estímulos tem que atingir o limiar de excitabilidade para gerar o potencial de ação). Caso contrário, ele permanece em repouso.
Para que um potencial de ação seja disparado, o neurônio precisa atingir o limiar de excitabilidade, ou seja, o valor mínimo de despolarização necessário para abrir os canais de sódio dependentes de voltagem e gerar o impulso nervoso. Isso pode acontecer de duas formas principais:
Ocorre quando um mesmo neurônio pré-sináptico libera neurotransmissores várias vezes seguidas, em um intervalo curto de tempo.
Cada estímulo individual pode não ser suficiente para atingir o limiar, mas a repetição rápida dos sinais permite que os efeitos se acumulem e gerem o potencial de ação.
Em B, como a frequência de PAs é mais alta, os PPSEs somam-se e já atingem o limiar: o PPSE final resulta da soma algébrica dos PPSEs subsequentes na mesma sinapse (somação temporal).
Em C, somam-se os PPSEs de sinapses próximas, produzindo um PPSE resultante de amplitude superior ao limiar da zona de diparo (somação espacial).
Durante a vigília (quando estamos acordados), algumas áreas do cérebro estão ativas, enquanto outras permanecem inibidas. No sono, ocorre o oposto: as áreas que estavam ativas na vigília são inibidas, e as que estavam inibidas tornam-se ativas.
Isso acontece devido aos circuitos neuronais de neurotransmissão, que regulam a comunicação entre diferentes regiões do encéfalo por meio de neurotransmissores.
Os principais neurotransmissores envolvidos são:
Se a soma dos estímulos excitatórios superar o limiar necessário, o neurônio gera um potencial de ação, propagando a informação adiante. Caso contrário, a resposta é inibida.
Isso explica como diferentes circuitos neuronais regulam os estados de vigília e sono, alternando entre ativação e inibição conforme a necessidade.
Na depressão, os neurônios do sistema límbico – região responsável pelo controle das emoções – apresentam uma redução na excitabilidade. Isso significa que, mesmo recebendo estímulos excitatórios, a soma desses sinais não é suficiente para atingir o limiar de ativação necessário para gerar um potencial de ação (a população de neurônios do sistema límbico normalmente não alcança o limiar de excitabilidade para gerar o potencial de ação)
Esse fenômeno está relacionado a:
Esse desequilíbrio leva a sintomas como desmotivação, dificuldade de concentração e alterações no humor, característicos da depressão.
Em A, o potencial pós-sináptico excitatório (PPSE) é insuficiente para atingir o limiar da zona de disparo do neurônio.