Os sinais vitais possibilitam uma compreensão e um rápido exame da situação da vítima com o mínimo de material, e geralmente indicam a ação de emergência a ser tomada, bem como possibilitam acompanhar a evolução do estado desta vítima. Descreva quais são os sinais vitais e os valores de referência no adulto para cada sinal verificado:

No SBV não vai ser possível muitas vezes analisar todos esses sinais vitais por falta de aparelho ou por falta de conhecimento caso o SBV seja feito por um leigo, mas alguns sinais vitais importantes de se analisar em casos de emergência são:

Pulso

• O pulso é uma onda provocada pela pressão do sangue contra a parede arterial a cada batimento cardíaco. Vale ressaltar que as veias não pulsão, pois a pressão nas veias é muito mais baixa que nas artérias.
• Durante a sístole (fase de contração do coração), o sangue é ejetado para as artérias, gerando o pulso.

Avaliação do Pulso:

1. Frequência: Número de batimentos por minuto (bpm).

   • Taquicardia: Aumento da frequência do pulso acima de 100 bpm.
   • Bradicardia: Diminuição da frequência de pulso abaixo de 60 bpm.
   • Valores normais dependendo da idade:
     • Adulto: 60 - 100 bpm.
     • Criança: 80 - 120 bpm.
     • Bebês: 100 - 160 bpm.

   bpm: batimentos por minuto.

2. Ritmo: Refere-se ao padrão dos batimentos, se são regulares (igual) ou irregulares (desiguais). Ritmos irregulares podem indicar arritmias cardíacas, como fibrilação atrial.

3. Volume: A intensidade com que o sangue bate nas paredes das artérias.

   • Pode ser classificado como:
     • Normal: Forte e cheio, como a "bundinha da caneta" (pulso de intensidade normal).
     • Anormal: Franco e fino, também chamado de pulso filiforme, semelhante à "ponta da caneta", pode ser indicativo de condições como choque ou hipoperfusão.

Tipos de pulso

• Pulso radial: Artéria radial, no pulso, mede o valor de bpm mais para o lado do osso radial. É o primeiro pulso que desaparece em casos de choque ou hipotensão.
• Pulso carotídeo: Artéria carótida, palpa-se a cartilagem cricoide e desliza-se os dedos lateralmente. É o último pulso a desaparecer em situações de choque e o primeiro a voltar.
• Pulso femoral: Artéria femoral, localizado na região inguinal. O pulso nessas artérias persistirá, mesmo em casos de hipotensão grave e hipoperfusão periférica, devido à proximidade com o coração.
• Pulso braquial: Artéria braquial, localizada na parte medial do braço, no interior do cotovelo. Pode ser palpado para avaliar a circulação nos braços, especialmente em crianças ou em situações clínicas como a medição da pressão arterial.
• Pulso apical: Medido diretamente sobre o coração, na região do apex do coração, geralmente entre a quinta e sexta costelas, no lado esquerdo do peito. Usado para verificar a frequência cardíaca com mais precisão.
• Pulso poplíteo: Artéria poplítea, localizada atrás do joelho, na fossa poplítea. Este pulso é mais difícil de localizar devido à sua posição profunda e ao tecido ao redor da área do joelho.
• Pulso pedial: Artéria pediosa (ou artéria dorsal do pé), localizada sobre o dorso do pé. Pode ser palpado para avaliar a perfusão distal das extremidades inferiores.
• Pulso pedioso (ou pulso dorsal do pé): Artéria pediosa, no dorso do pé. Palpado entre o tendão do extensor longo do hálux e o tendão do extensor longo dos dedos, na parte superior do pé.

Frequência Respiratória:

• Reflete a qualidade e a eficiência da respiração. É a entrada de oxigênio na inspiração e eliminação de dióxido de carbono pela expiração e tem a finalidade de troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. Respirações muito rápidas ou lentas podem indicar problemas respiratórios ou metabólicos.