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Assim que terminou, chegou o Sr. Manuel, de 62 anos. A enfermagem o considerou Manchester vermelho, por isso ele foi encaminhado imediatamente à sala de emergência.

O paciente estava sudoreico, taquipneico (frequência respiratória de 34 mrpm), Sat O2 96% em ar ambiente, pálido e sonolento. O filho do paciente afirma que ele se queixou de dor em dorso muito intensa, súbita, há cerca de 1 hora atrás, caiu no chão de tanta dor, e o filho o trouxe correndo para o pronto socorro. O filho disse, ainda, que o pai é hipertenso, usa captopril 25 mg 1 comprimido por dia, apesar de o médico do paciente já ter trocado a medicação várias vezes devido ao mal controle dos níveis tensionais.

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Dra. Fabiana agradece as informações e pede que o filho aguarde na sala de espera para que ela possa atender melhor ao Sr. Manuel.

O Sr. Manuel está muito sonolento, não responde à médica, mas acorda com estímulo de dor provocada sobre o esterno, pegou a mão da médica quando ela o fez, e falou algumas palavras que a médica não compreendeu. Sua pressão arterial está 60 x 40 mmHg, a frequência cardíaca está 150 bpm, em ritmo regular. Suas extremidades estão frias e mal perfundidas.

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Gasometria arterial:

pH 7,10 (VR: 7,35 – 7,45)

pCO2 25 (VR: 35 – 45 mmHg)

HCO3 8 (VR: 22 – 26 mEq/L)

pO2 90 (VR: 80 – 100 mmHg)

lactato: 5,0 (VR: 0,5 – 1,6 mmol/L)

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Preocupada com o diagnóstico sindrômico de choque circulatório, a Dra. Fabiana inicia o tratamento para tirar o paciente do risco de vida enquanto pensa nos diagnósticos topográfico e etiológico.

Ela continua com o exame físico: ausculta cardíaca é normal. Ausculta pulmonar há abolição do murmúrio vesicular na metade inferior do tórax esquerdo. O exame de abdome não chama atenção. A médica nota que os pulsos femorais, em ambos os membros inferiores, são menos amplos do que os pulsos radiais de ambos os membros superiores.

Dra. Fabiana percebe que o Sr. Manuel necessita de tratamento cirúrgico de emergência. A médica conversa com o filho para explicar a gravidade do quadro e a necessidade de cirurgia de emergência.

O filho do Sr. Manuel perguntou se era possível aguardar a mãe chegar para fazer essa decisão. A mãe estava vindo da praia e chegaria daqui a 2 horas. Dra. Fabiana reiterou a gravidade do quadro e explicou para o filho do Sr. Manuel que possivelmente o pai não sobreviveria se aguardasse mais 2 horas.